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Praia com sujeira e mau cheiro; Moradores querem mudança

TIJUCAS
Por: Luiz Jr - 31/01/2013 07:31min - Atualizado em 31/01/2013 11:13min
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Um cenário de praia diferente

Tendo uma das maiores praias do Estado em extensão, rodeada por paisagens exuberantes de morros das cidades vizinhas como Biguaçu, Governador Celso Ramos e Porto Belo, a praia de Tijucas era pra ter alavancado o setor turístico da cidade.

Mas, essa realidade ainda está longe de acontecer. Primeiro que a situação do local não favorece a água pra banho. Aliado à isso, está a limpeza da areia, atualmente serve como deposito dos mais variados detritos e até ponto de desovar cadáveres como ocorreu inúmeras vezes.

Outra circunstância é o contraste social, que choca em apenas uma rápida passagem pela encosta. Aos que passam por ali, notam moradias humildes e a falta de um saneamento adequado, urbanização e presença de iluminação pública. Os moradores pedem soluções. Cansados da situação de abandono querem ser alvo de obras o mais rápido possível.

 

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Foto: Brunela Maria/VipSocial

Abrir a janela de casa e olhar a praia de uma extensão de aproximadamente 13 quilômetros seria um privilégio e um sonho para muitas pessoas. No entanto, este famoso desejo de consumo é diferente para moradores do bairro Praça de Tijucas, que convivem há mais de anos com a lama, mal cheiro e sujeira. O cenário é de extremo abandono e nunca mudou. A esperança da população é um dia a popularmente conhecida como “Copalama” em alusão a água suja, se tornar um reduto de turistas. Mas isso é um projeto que parece estar ainda bem distante da realidade do município.

Caminhar pela areia é impossível. Por cima dela precisa primeiramente desviar dos inúmeros lixos deixados no local. A prova de sobrevivência pra quem vive perto ao mar de Tijucas inclui ainda aguentar o insuportável odor oriundo dos resíduos naturais do lamaçal. Os dias de chuva desafiam a moradora Lucemar Pacheco, de 35 anos. A dona de casa, grávida do sexto filho conta que chega até passar mal quando o problema fica mais forte. “Estou há 33 anos vivendo neste lugar e apenas aguentando esses problemas com promessas de mudança. Somos uma comunidade esquecida. Queria ver essa local urbanizado”, diz.

Temendo até pela saúde dos filhos, ela proíbe as crianças de entrar na água, por acreditar na contaminação dos resíduos da lama. O presidente do comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, Djalma Bittencourt, explica que embora seja suja, o mar de Tijucas não é contaminado. Esses fatores, do mal cheiro, são causados pela característica natural do solo tijuquense. Segundo ele, isso ocorre por causa de uma substância denominada turfo. A lama é uma condição natural e em função da correnteza marítima que se junta ao rio, ela acaba por ficar completamente suja.

Bittencourt comenta ter um estudo para a implantação de um mole que reduziria o desassoreamento do rio e assim ajudaria na entrada de embarcações maiores. Mas, pra ele, as obras deste projeto teria um custo milionário e não iria trazer limpeza. Um fator agravante de retirar toda a sujeira é o fato dela ser deslocada para alto mar, atingindo assim a reserva natural da Ilha do Arvoredo.

Com um custo estimável de quase R$ 26 milhões a intenção de afixar molhes esteve como pauta das obras de muitos administradores municipais, no entanto, até hoje nenhum deles executou até então. O atual prefeito Valério Tomazi não pôde apresentar nenhum projeto sobre a praia de Tijucas pelo fato de estar em Brasília, (DF). De acordo com a Diretora de Comunicação Social, Karina Peixoto ele deve retornar ainda nesta semana.

Questão social 

Contudo, os moradores sabem das dificuldades, mas imploram para não continuarem a ser esquecidos, como acontece nesses últimos anos. Mãe de seis filhos a mulher que criou as crianças sozinhas, diz enfrentar todas as situações possíveis da dificuldade. Mas mesmo assim, conta orgulhosamente apesar dos problemas, de estar ali, morando próximo ao mar de lama há 33 anos. Lucemar Pacheco, de 35 anos, lamenta pela praia ser suja e diz acreditar ainda que irá mudar.

Sobre a questão social da sua comunidade, ela destaca não ser como o resto da população pensa que é apenas criminalidade. “Este lugar é calmo. Todos pensam que têm violência, não é assim. Aqui não mora ninguém do mal e sim pessoas boas, trabalhadoras”, finaliza.

Lucemar também fala sobre o apoio do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social). Segundo a presidente Roseli Steil, semanalmente uma funcionária faz visitas para verificar o que cada família precisa. “Se tivéssemos mais estrutura de um carro disponível na rua diariamente faríamos um acompanhado ainda mais detalhado. Mas mesmo com as dificuldades conseguimos”, comenta.

 

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